A Baleia Azul no Museu de História Natural

Informações sobre o esqueleto da baleia azul localizado no hall de entrada do Museu de História Natural.

No dia 14 de julho de 2017 aconteceu a inauguração dos novos displays da galeria central do Museu de História Natural, o chamado Hintze Hall.

Desde 1979, o magnífico hall era ocupado por um esqueleto de um dinossauro Diplodocus, carinhosamente chamado de Dippy.

Nos próximos dois anos, depois de ser devidamente limpo e restaurado, Dippy embarcará em uma excursão pelo Reino Unido, que terá como objetivo conectar os britânicos com a natureza e despertar o interesse de novas gerações de cientistas e ambientalistas.

O esqueleto que agora adorna o Hintze Hall, ao contrário do de Dippy que é uma réplica, é real: ele pertencia a uma baleia azul que foi capturada na Irlanda em 1891.

Trazido para o museu em 1934, o esqueleto foi suspenso na Ala dos Mamíferos do museu, logo acima de um modelo em tamanho real de uma baleia azul.

Por lá ficou até o início dos trabalhos que culminariam com a mudança para o Hintze Hall.

Durante o século XX, a pesca descontrolada da baleia azul quase levou o animal à extinção, mas ele foi salvo graças a uma decisão então inédita de se concentrarem esforços para que o imenso mamífero não desaparecesse dos nossos mares.

Atualmente, acredita-se que existam no planeta cerca de 20.000 baleias azuis. A baleia do museu recebeu o nome de Hope (esperança em inglês) como símbolo do poder que a humanidade tem de garantir um futuro sustentável, segundo o comunicado divulgado pelo Museu de História Natural.

A baleia Hope não está sozinha no Hintze Hall. Algumas espécies foram escolhidas entre as 80 milhões do acervo do museu para celebrar a beleza e a maravilha da natureza, desde as origens do universo até a história da evolução e diversidade do mundo atual.

No andar térreo do museu, poderemos apreciar, em alcovas laterais, de um lado animais já extintos, como o mastodonte americano e um dinossauro Mantellisaurus e do outro lado, espécies ainda vivas, como girafas, insetos e corais.

O trabalho de limpeza, restauração e recolocação do esqueleto da baleia levou cerca de três anos e envolveu uma equipe de especialistas em um trabalho cuidadoso e delicado.

O vídeo abaixo mostra um pouco de como foi feito:

A substituição do dinossauro Dippy, uma réplica de esqueleto de um animal extinto, pelo esqueleto da baleia Hope, o maior mamífero da terra ameaçado de extinção, marca também uma nova fase do museu de História Natural.

Segundo Sir Michael Dixon, diretor do Natural History Museum, a mudança oferece “uma oportunidade única para um ligeiro reposicionamento do museu”.

A ideia agora é que o museu seja visto, não como uma instituição que cuida de esqueletos velhos e empoeirados, mas como um museu que enfatiza a necessidade urgente de conservação da vida natural: “para inspirar o amor pela vida natural e trazer respostas para as questões urgentes que a humanidade e o planeta estão enfrentando”.

Os fãs do Dippy ficarão felizes em saber que depois do tour pelo Reino Unido, que durará cerca de dois anos, ele voltará para o Museu de História Natural.

O esqueleto, que na verdade é feito de gesso, será refeito em bronze e será colocado permanentemente no jardim em frente ao museu.

Crédito de todas a fotos:  © The Trustees of the Natural History Museum, London

Natural History Museum

Leia nosso guia completo para visitar o Museu de História Natural

Cromwell Road, South Kensington, SW7 5BD Londres

Estação de metrô mais próxima: South Kensington (linhas District, Circle e Piccadilly)

Aberto diariamente de 10:00 às 17:50 (última entrada às 17:30)

Entrada gratuita

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